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História – A invasão e ocupação árabe da Ibéria, e a lenda das amendoeiras em flor do Algarve
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História – A invasão e ocupação árabe da Ibéria, e a lenda das amendoeiras em flor do Algarve
No século VIII da n/ era, os cristãos visigodos ocupavam a Ibéria constituindo um unificado reino com capital em Toledo, sendo Rodrigo o seu último rei visigodo.
No próximo oriente, o califa de Bagdad enviava os seus aguerridos e temidos exércitos compostos por veloz cavalaria equipada com acutilantes cimitarras conquistando e pilhando territórios por todo o Norte de África, desde o Egipto a Marrocos, assim expandindo o califado muçulmano e dilatando a religião do profeta Maomé.
Comandados por Tarik, os árabes atravessaram o estreito de Gibraltar e desembarcaram na zona onde hoje se encontra a cidade espanhola de Tarifa (deriva de Tarik) perseguindo e dizimando os couraçados e pesados cavaleiros do exército cristão visigodo cujos sobreviventes se refugiaram em Covadonga nas terras altas das Astúrias (Norte de Espanha).
Em Covadonga, fortaleza inexpugnável, um punhado de bravos defensores visigodos comandados por Pelágio, resistiram ao invasor e repeliram do Norte de Espanha os sarracenos, sendo este o único território da península Ibérica que, naquela época, não se tornou árabe.
Entretanto, a progressão dos muçulmanos para nordeste da península Ibérica, nos anos seguintes, só parou em Poitiers, acima dos Pirenéus, onde os franceses, tendo à frente o rei franco Carlos Martel, infligiram pesada derrota aos mouros comandados por Abderrahman e evitando, assim, a islamização de toda a Europa Ocidental.
Ocuparam os árabes a quase totalidade da Península Ibérica, nela fundando vários reinos árabes, alguns designados por emiratos e califados, onde floresceu uma avançada cultura para a época e cuja elegante e rendilhada arquitectura, ainda hoje, pode-se admirar em Granada, Córdova e Sevilha. Nessa desenvolvida sociedade árabe, homens de ciência como Averrois e Avicena deslumbraram pelo seu muito saber. Esta conquista violenta de parte da Ibéria pelos mouros, com a consequente colonização do território pelos invasores, foi, de certa maneira, causa de desenvolvimento económico de grande parte da Ibéria.
Os árabes, civilização no seu apogeu na altura dos acontecimentos aqui narrados, introduziram na península novas técnicas agrícolas de regadio instalando o engenho de tirar água dos poços accionado por animais de tiro (a que hoje se chama nora), novas espécies de árvores de fruto, até então desconhecidas pelos conquistados, como os citrinos e fazendo uso das técnicas da enxertia noutras espécies de árvores frutíferas. Introduziram o uso de alguns produtos químicos, até então cá desconhecidos, assim como o uso da pólvora trazida pelas suas caravanas da longínqua China. Desenvolveram a álgebra e no sistema numérico criaram o símbolo zero, que não sendo um algarismo, representa, contudo, o “nada” permitindo, assim, as operações aritméticas. Há historiadores que afirmam que uma (entre muitas) das causas do enfraquecimento e consequente queda do império romano por descontrolo da sua economia foi não terem criado o zero na numeração romana!
A essa grande parte da península Ibérica ocupada pelos então florescentes árabes chamava-se Al-Andaluz.
No Sul de Portugal, território costeiro que os árabes baptizaram de Algharb (depois Algarve) pois estes invasores tinham vindo do outro lado do mar da planície costeira marroquina chamada Gharb, fundaram os muçulmanos vários reinos ou emiratos árabes, tendo um deles a sua capital situada na margem direita do rio hoje chamado Arade. Esta cidade chamava-se “Shelb”(?) hoje Silves.
Diz a lenda que governava este pequeno reino mouro um jovem rei que casara com uma princesa do Norte da Europa. A rainha, no Inverno, nostálgica do seu país de origem, avistava do seu palácio, os campos circunvizinhos e via o verde-escuro salpicado da cor laranja dos laranjais e a aridez da charneca escalavrada mais distante.
Não via ela a neve da sua terra longínqua que, nessa altura do ano, muito ao Norte, devia cair abundantemente cobrindo casas e campos. Era um período de tristeza e saudade que o seu apaixonado esposo notava nos olhos da sua rainha!
Então, o rei teve uma ideia genial; para suavizar o sofrimento da esposa provocado pela ausência nos campos do seu reino, na estação fria, do branco da neve do Norte, mandou plantar nos seus domínios inúmeras amendoeiras cuja flor branca aparece, imaculada, de Janeiro a Fevereiro, lembrando a neve distante.
Nota:
O Algarve, que até aos anos 70 do século passado possuía grandes pomares de amendoeiras e figueiras, seus frutos tradicionais de exportação, nos últimos 40 anos, por progressivo abandone dos campos pelos agentes rurais (envelhecimento dos mais velhos e não apetência dos jovens), perdeu em grande parte essa riqueza vegetal e até turística.
No próximo oriente, o califa de Bagdad enviava os seus aguerridos e temidos exércitos compostos por veloz cavalaria equipada com acutilantes cimitarras conquistando e pilhando territórios por todo o Norte de África, desde o Egipto a Marrocos, assim expandindo o califado muçulmano e dilatando a religião do profeta Maomé.
Comandados por Tarik, os árabes atravessaram o estreito de Gibraltar e desembarcaram na zona onde hoje se encontra a cidade espanhola de Tarifa (deriva de Tarik) perseguindo e dizimando os couraçados e pesados cavaleiros do exército cristão visigodo cujos sobreviventes se refugiaram em Covadonga nas terras altas das Astúrias (Norte de Espanha).
Em Covadonga, fortaleza inexpugnável, um punhado de bravos defensores visigodos comandados por Pelágio, resistiram ao invasor e repeliram do Norte de Espanha os sarracenos, sendo este o único território da península Ibérica que, naquela época, não se tornou árabe.
Entretanto, a progressão dos muçulmanos para nordeste da península Ibérica, nos anos seguintes, só parou em Poitiers, acima dos Pirenéus, onde os franceses, tendo à frente o rei franco Carlos Martel, infligiram pesada derrota aos mouros comandados por Abderrahman e evitando, assim, a islamização de toda a Europa Ocidental.
Ocuparam os árabes a quase totalidade da Península Ibérica, nela fundando vários reinos árabes, alguns designados por emiratos e califados, onde floresceu uma avançada cultura para a época e cuja elegante e rendilhada arquitectura, ainda hoje, pode-se admirar em Granada, Córdova e Sevilha. Nessa desenvolvida sociedade árabe, homens de ciência como Averrois e Avicena deslumbraram pelo seu muito saber. Esta conquista violenta de parte da Ibéria pelos mouros, com a consequente colonização do território pelos invasores, foi, de certa maneira, causa de desenvolvimento económico de grande parte da Ibéria.
Os árabes, civilização no seu apogeu na altura dos acontecimentos aqui narrados, introduziram na península novas técnicas agrícolas de regadio instalando o engenho de tirar água dos poços accionado por animais de tiro (a que hoje se chama nora), novas espécies de árvores de fruto, até então desconhecidas pelos conquistados, como os citrinos e fazendo uso das técnicas da enxertia noutras espécies de árvores frutíferas. Introduziram o uso de alguns produtos químicos, até então cá desconhecidos, assim como o uso da pólvora trazida pelas suas caravanas da longínqua China. Desenvolveram a álgebra e no sistema numérico criaram o símbolo zero, que não sendo um algarismo, representa, contudo, o “nada” permitindo, assim, as operações aritméticas. Há historiadores que afirmam que uma (entre muitas) das causas do enfraquecimento e consequente queda do império romano por descontrolo da sua economia foi não terem criado o zero na numeração romana!
A essa grande parte da península Ibérica ocupada pelos então florescentes árabes chamava-se Al-Andaluz.
No Sul de Portugal, território costeiro que os árabes baptizaram de Algharb (depois Algarve) pois estes invasores tinham vindo do outro lado do mar da planície costeira marroquina chamada Gharb, fundaram os muçulmanos vários reinos ou emiratos árabes, tendo um deles a sua capital situada na margem direita do rio hoje chamado Arade. Esta cidade chamava-se “Shelb”(?) hoje Silves.
Diz a lenda que governava este pequeno reino mouro um jovem rei que casara com uma princesa do Norte da Europa. A rainha, no Inverno, nostálgica do seu país de origem, avistava do seu palácio, os campos circunvizinhos e via o verde-escuro salpicado da cor laranja dos laranjais e a aridez da charneca escalavrada mais distante.
Não via ela a neve da sua terra longínqua que, nessa altura do ano, muito ao Norte, devia cair abundantemente cobrindo casas e campos. Era um período de tristeza e saudade que o seu apaixonado esposo notava nos olhos da sua rainha!
Então, o rei teve uma ideia genial; para suavizar o sofrimento da esposa provocado pela ausência nos campos do seu reino, na estação fria, do branco da neve do Norte, mandou plantar nos seus domínios inúmeras amendoeiras cuja flor branca aparece, imaculada, de Janeiro a Fevereiro, lembrando a neve distante.
Nota:
O Algarve, que até aos anos 70 do século passado possuía grandes pomares de amendoeiras e figueiras, seus frutos tradicionais de exportação, nos últimos 40 anos, por progressivo abandone dos campos pelos agentes rurais (envelhecimento dos mais velhos e não apetência dos jovens), perdeu em grande parte essa riqueza vegetal e até turística.
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