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Viagem ao País dos Faraós -- Egipto (1ª parte)
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Viagem ao País dos Faraós -- Egipto (1ª parte)
Em finais dos anos 70 do século XX, fiz uma fabulosa viagem de recreio ao Egipto, integrado no grupo excursionista da “Casa do Pessoal” da empresa onde trabalhei 39 anos. Na altura, já tinha lido muita informação histórica sobre a civilização egípcia da antiguidade e, para mim, visitar esses locais que foram berço de uma civilização muito avançada nesses remotos tempos de barbárie por outras paragens foi, sobremaneira, encantador.
Depois dessa viagem, continuei a ler quase tudo o que sobre a história do Egipto dos faraós me chegava às mãos. De todos estes livros histórico/romanceados, destaco os escritos pelo egiptólogo francês Christian Jacq que me empolgaram sobremaneira. A informação histórica (real e fantasiosa) que serviu de base para, mais à frente, eu narrar episódios relevantes do reinado de um dos mais importantes faraós da XIX dinastia, Ramsés II, recolhi-a durante a minha viagem e em alguns livros desse egiptólogo.
Voltando à viagem.
Esta durou 15 dias e, recordando de memória os locais principais visitados, levou-nos de Lisboa ao Cairo, Gizé, Sakhara, Tebas (Luxor), Vale dos Reis, Karnak, Esna, Edfu, Kom Ombo, Elefantina, Assuão e Philae.
Estávamos no período do início de alguma perturbação social no Egipto criada por movimentos radicais islâmicos em formação. Assim, embora corrêssemos algum perigo não obstante a presença constante das autoridades policiais nos locais visitados, a qualidade da viagem foi de “5 estrelas” a preços quase de “saldo”. No Cairo ficámos hospedados numa das altas torres (de nome Rainha Nefertiti) do Sheraton local. Sendo o Cairo uma cidade plana e este hotel situado perto do rio Nilo e no centro de uma urbe com mais de 10 milhões de habitantes, era impressionante ouvir, ao fim da noite, da janela do n/ quarto, num vigésimo andar, as gravações sonoras da voz dos “muezim”, através de potentes altifalantes nos altos minaretes de parte das mais que 3000 mesquitas espalhadas pela cidade, chamarem os fiéis para a última das cinco orações diárias que os muçulmanos rezam virados para Meca. Era impressionante ouvir aquele vozear com requebros, mostrando que estávamos longe da Europa!
Ainda na região do Cairo, visitámos o planalto de Gizé onde admirámos a grandiosidade das três grandes pirâmides de Keops, Kefren e Mikerinos, além das três pequenas pirâmides das rainhas. Perante a imponência daquelas colossais tumbas de pedra, meticulosa e labirinticamente (interiores) construídas, há milhares de anos, em zona desértica, para albergarem a múmia e tesouros para subsistência do rei construtor no mundo dos mortos, lembrei-me da frase de Napoleão Bonaparte presente no mesmo local há cerca de dois séculos. Disse o imperador francês, perante o seu exército que, no local, combatera os mamelucos do sultão turco: -- “Do alto destas pirâmides 50 séculos vos contemplam!”
Um pouco mais longe das pirâmides, visitámos a Esfinge que tem o rosto já muito desgastado pelas abrasivas areias do deserto próximo e que são arrastadas pelo vento. À pergunta feita ao cicerone egípcio sobre o que representa este colosso de pedra, ele respondeu que um dos faraós construtores de uma das grandes pirâmides próximas, não queria, em frente do seu túmulo, aquela rocha inestética que, na altura, ali existia. Então, pediu ao arquitecto real para embelezar a rocha dando-lhe este a forma de esfinge – corpo de leão e cabeça humana.
Ainda no Cairo, visitámos (visita obrigatória) o seu célebre museu de antiguidades cujo acervo, enriquecido pela doação do arqueólogo francês Auguste Mariette, nos deslumbra com a elegância, a opulência, o desenvolvimento artístico atingido na antiga civilização “faraónica”.
Impressionante a exposição dos tesouros intactos retirados da tumba, encontrada por Howard Carter,em 1922, no Vale dos Reis (perto de Tebas), do jovem rei Tutankamon, filho do faraó “maldito” Akenaton – este tentou transformar a religião de então que era politeísta para monoteísta tendo como único deus o Sol (Aton) -- e da sua esposa a bela rainha Nefertiti.
Recordo a beleza da máscara fúnebre em ouro maciço que cobria o rosto da múmia do jovem rei. E, ainda, a elegância de alguns carros de guerra da época também retirados da tumba (mais de 3.400 anos depois e ainda estes leves veículos estão ali de pé, com alguma corrosão nos cubos e aros metálicos das rodas; constituíam a arma mais poderosa do exército dos faraós). Certamente que as réplicas destes carros bélicos utilizados nas filmagens do filme “Os Dez Mandamentos” de Cecil B. de Mille, foram inspiradas nestes veículos expostos no museu e actualmente únicos no mundo. A sua longa resistência à degradação pelo tempo de muitos séculos, deve-se, certamente, ao facto de durante cerca de 3400 anos terem estado soterrados em câmara funerária aonde a humidade não penetrou. O clima do Egipto era e é bastante seco.
Como o texto já vai longo, e para não cansar demasiado quem o ler, findo aqui a 1ª parte da narrativa desta viagem. Voltarei a falar dela brevemente, pois a viagem só terminou em Assuão, muito no Sul do Egipto, tendo eu subido o Nilo de barco desde Tebas (Luxor) e passando por: Vale dos Reis, Karnak, Esna, Edfu, Kom Ombo, ilha Elefantina, Assuão e Philae já junto à
grande barragem Nasser.
Depois dessa viagem, continuei a ler quase tudo o que sobre a história do Egipto dos faraós me chegava às mãos. De todos estes livros histórico/romanceados, destaco os escritos pelo egiptólogo francês Christian Jacq que me empolgaram sobremaneira. A informação histórica (real e fantasiosa) que serviu de base para, mais à frente, eu narrar episódios relevantes do reinado de um dos mais importantes faraós da XIX dinastia, Ramsés II, recolhi-a durante a minha viagem e em alguns livros desse egiptólogo.
Voltando à viagem.
Esta durou 15 dias e, recordando de memória os locais principais visitados, levou-nos de Lisboa ao Cairo, Gizé, Sakhara, Tebas (Luxor), Vale dos Reis, Karnak, Esna, Edfu, Kom Ombo, Elefantina, Assuão e Philae.
Estávamos no período do início de alguma perturbação social no Egipto criada por movimentos radicais islâmicos em formação. Assim, embora corrêssemos algum perigo não obstante a presença constante das autoridades policiais nos locais visitados, a qualidade da viagem foi de “5 estrelas” a preços quase de “saldo”. No Cairo ficámos hospedados numa das altas torres (de nome Rainha Nefertiti) do Sheraton local. Sendo o Cairo uma cidade plana e este hotel situado perto do rio Nilo e no centro de uma urbe com mais de 10 milhões de habitantes, era impressionante ouvir, ao fim da noite, da janela do n/ quarto, num vigésimo andar, as gravações sonoras da voz dos “muezim”, através de potentes altifalantes nos altos minaretes de parte das mais que 3000 mesquitas espalhadas pela cidade, chamarem os fiéis para a última das cinco orações diárias que os muçulmanos rezam virados para Meca. Era impressionante ouvir aquele vozear com requebros, mostrando que estávamos longe da Europa!
Ainda na região do Cairo, visitámos o planalto de Gizé onde admirámos a grandiosidade das três grandes pirâmides de Keops, Kefren e Mikerinos, além das três pequenas pirâmides das rainhas. Perante a imponência daquelas colossais tumbas de pedra, meticulosa e labirinticamente (interiores) construídas, há milhares de anos, em zona desértica, para albergarem a múmia e tesouros para subsistência do rei construtor no mundo dos mortos, lembrei-me da frase de Napoleão Bonaparte presente no mesmo local há cerca de dois séculos. Disse o imperador francês, perante o seu exército que, no local, combatera os mamelucos do sultão turco: -- “Do alto destas pirâmides 50 séculos vos contemplam!”
Um pouco mais longe das pirâmides, visitámos a Esfinge que tem o rosto já muito desgastado pelas abrasivas areias do deserto próximo e que são arrastadas pelo vento. À pergunta feita ao cicerone egípcio sobre o que representa este colosso de pedra, ele respondeu que um dos faraós construtores de uma das grandes pirâmides próximas, não queria, em frente do seu túmulo, aquela rocha inestética que, na altura, ali existia. Então, pediu ao arquitecto real para embelezar a rocha dando-lhe este a forma de esfinge – corpo de leão e cabeça humana.
Ainda no Cairo, visitámos (visita obrigatória) o seu célebre museu de antiguidades cujo acervo, enriquecido pela doação do arqueólogo francês Auguste Mariette, nos deslumbra com a elegância, a opulência, o desenvolvimento artístico atingido na antiga civilização “faraónica”.
Impressionante a exposição dos tesouros intactos retirados da tumba, encontrada por Howard Carter,em 1922, no Vale dos Reis (perto de Tebas), do jovem rei Tutankamon, filho do faraó “maldito” Akenaton – este tentou transformar a religião de então que era politeísta para monoteísta tendo como único deus o Sol (Aton) -- e da sua esposa a bela rainha Nefertiti.
Recordo a beleza da máscara fúnebre em ouro maciço que cobria o rosto da múmia do jovem rei. E, ainda, a elegância de alguns carros de guerra da época também retirados da tumba (mais de 3.400 anos depois e ainda estes leves veículos estão ali de pé, com alguma corrosão nos cubos e aros metálicos das rodas; constituíam a arma mais poderosa do exército dos faraós). Certamente que as réplicas destes carros bélicos utilizados nas filmagens do filme “Os Dez Mandamentos” de Cecil B. de Mille, foram inspiradas nestes veículos expostos no museu e actualmente únicos no mundo. A sua longa resistência à degradação pelo tempo de muitos séculos, deve-se, certamente, ao facto de durante cerca de 3400 anos terem estado soterrados em câmara funerária aonde a humidade não penetrou. O clima do Egipto era e é bastante seco.
Como o texto já vai longo, e para não cansar demasiado quem o ler, findo aqui a 1ª parte da narrativa desta viagem. Voltarei a falar dela brevemente, pois a viagem só terminou em Assuão, muito no Sul do Egipto, tendo eu subido o Nilo de barco desde Tebas (Luxor) e passando por: Vale dos Reis, Karnak, Esna, Edfu, Kom Ombo, ilha Elefantina, Assuão e Philae já junto à
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