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Mensagem  Stheffa Qua Out 19, 2011 8:41 pm

Estávamos no ano 1940, eu tinha apenas 4 anos.
Por insólito que pareça, lembro-me ,perfeitamente, de imensas vivências a partir daquela data.
Um dia os meus pais foram trabalhar no campo, como era habitual, eu fiquei com a minha avó.
A determinada hora quis saber aonde estavam os meus pais a trabalhar!.
A minha avó indicou-me a direcção mas, disse-me para não sair de casa.
Não lhe fiz caso e, fui ao encontro dos meus pais, seguindo sempre as pegadas das pessoas que tinham ficado numa estrada estreita.
Andei, andei pela estrada sozinho e, depois de ter passado o monte da Majufa, comecei a ouvir o bater dos machados nas árvores.
Fui um pouco mais para a frente e comecei a ver os homens a podarem os sobreiros e as azinheiras.
Estavam a trabalhar na herdade do Carvalhal.
O meu pai apareceu depois e começou a interrogar-me e eu contei-lhe a verdade… "Vim seguindo as pegadas que encontrei na estrada".
A minha mãe ,estava um pouco mais longe, tratando do lume e dos almoços para todos os trabalhadores.
Era a cozinheira.
Nesse dia, eu fui muito acarinhado por muitos trabalhadores mas, um ficou-me na memória, e ainda hoje o recordo e, já tenho quase 76 anos.
Ele teve a gentileza de fazer e oferecer-me um moinho, utilizando um pequeno tronco seco, ao que chamavam “Canavoura”.
Que alegria senti ao ver o novo moinho e as suas rotações.
Não me lembro a que horas cheguei .
Tampouco conhecia as horas!. Sei apenas que o Sol ainda não estava muito alto.
Foi o primeiro dia que comi no campo, sentado no chão ou ao colo daqueles trabalhadores, deveras muito simpáticos para comigo.
Em casa a minha avó devia ter ficado assustada pelo meu desaparecimento mas, não me lembro o que disse quando me viu chegar, já de noite, com os meus pais.
Naquele tempo os meus pais tinham um burro de cor pardo escuro.
Lembro-me dele e da sua casota de palha que estava localizada debaixo de uma oliveira.
Na minha pobre casa havia mais animais:
Galinhas, galos, patos, coelhos, perus, um cão, gatos, um porco e duas ovelhas.
Noutra ocasião, apanhei a minha avó descuidada, resolvi escapar-me de novo!.
Não sei quantos anos tinha, talvez uns cinco ou seis!.
Sei que era Verão e fazia muito calor!.
Como já conhecia o caminho fui sempre pela estradinha, passei a Majufa e continuei.
Parava, de vez em quando e escutava!.
Em pleno montado, ouvia os grilos e os passarinhos a cantarem e, lá ao longe,soavam os chocalhos dos animais que pastavam em abundância naqueles campos, repletos de diversa e boa pastagem.
Havia muitas ovelhas e bois mansos naquela herdade!.
Depois da Majufa encontrei uma “Caeira” a laborar normalmente.
Continuei, continuei por ali afora…e um pouco mais à frente havia uma estrada mais larguinha que ia para a direita e uma outra estreita que seguia em frente.
Resolvi ir pela estreita que em princípio era a subir um pouco. Nesta zona de arvoredo, lembro-me que havia muitos grilos que cantavam sem parar e dava gosto ouvir-los.
Já um pouco mais para à frente, quando ia a chegar à intersecção da estrada larguinha, referida anteriormente, aparece um touro negro que vinha com a mosca.
O animal vinha numa correria desenfreada ,com o rabo no ar.
Passou perto de mim mas não me atacou.
Seguiu correndo pela estrada até desaparecer.
Continuei a ir para a frente e, já numa zona mais plana, com o Monte do Carvalhal à vista, olhei para a esquerda e, lá ao longe, vi o fumo, na parte superior do arvoredo.
Segui aquela coordenada e, por fim cheguei junto da minha mãe que estava a tratar das panelas de barro que continham a comida dos trabalhadores.
Não sei se ralhou comigo ou não!.
Recordo apenas que me disse:
Então filho!.
Não viste um touro a fugir?
Podia ter-te matado!.

É provável que alguns leitores destas pequenas recordações queiram saber algo mais sobre a “Caeira” que ficou mencionada anteriormente.
Pois bem, vou contar, resumidamente como se fazia a cal naquele tempo.
O forno de cozedura da pedra era muito rudimentar.
Tratava-se de um buraco no chão, redondo, com uma circunferência não muito grande, com uma profundidade de 5/6/7metros.Mais ou menos.
Na base do buraco estava a porta que mais tarde servia para atear o fogo à lenha grossa que era colocada por baixo das pedras.
Feito o forno precisamos agora das pedras das quais iria sai a cal.
A pedreira possuía uns filões de pedra branca de grandes dimensões e que viriam a ser partidas com a utilização de fogo.
Primeiro fazia-se na rocha, um buraco estreito.
Depois enchia-se de pólvora e terra que ficavam misturados com um fio grosso chamado rastilho.
Esse rastilho era muito comprido para que uma vez accionado com fogo desse tempo ao pedreiro para fugir.
Uma vez accionado o rastilho passado um minuto ,como muito ,ouvia-se um grande estrondo e, havia muitas pedras no ar.
Com os meios artesanais disponíveis, naquele tempo, os pedreiros iam partido as pedras, para que ficassem acessíveis em peso ,para serem transportadas para o forno da caeira.
Eram depositadas nas imediações do forno e, depois iam sendo colocadas, por cima da lenha grossa,colocada anteriormente,com uma maestria admirável.
Nas partes laterais, podíamos observar, como havia o cuidado de não deixar as saliências para fora do diâmetro do forno.
Assim se iam colocando as pedras que no final ficavam empilhadas em forma de cone.
Agora para completar o trabalho as pedras eram cobertas com uma boa camada de pastos ou juncos .
A seguir era tudo revestido com barro, devidamente amassado, havendo sempre o cuidado de deixar alguns buracos, para que pudesse sair o fumo.
Uma vez terminado este trabalho seguia a cozedura durante alguns dias até que as pedras estivessem cozidas.
Para o efeito, a lenha que tinha sido colocada antes,era ateada e começava a ser queimada.
Finda a cozedura, a cal em forma de pedra ou em pó, começava a ser removida para uma cabana apropriada, ficando aí armazenada até ser comercializada.
Para terminar, direi apenas que uma pedra cozida, desta forma e, colocada num recipiente apropriado, ao ser-lhe deitada água por cima, começa a ferver e a esguichar de tal forma que é preciso muito cuidado, para evitar queimaduras no corpo.
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