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Stheffa
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Cantiflas
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Cantiflas
Cantinflas, nome artístico de Fortino Mario Alfonso Moreno Reyes, nasceu na Cidade do México, 12 de agosto de 1911 e faleceu a 20 de abril de 1993,em sua terra natal..
Foi um premiado ator e humorista mexicano.
Nasceu de uma família muito humilde e tinha 12 irmãos.
Teve uma adolescência marcada pela pobreza o que o levou a começar a trabalhar muito cedo, primeiro como engraxador e depois como aprendiz de toureiro, motorista de táxi e pugilista.
A sua vida mudou quando aos vinte anos, trabalhando como empregado num teatro popular, teve a oportunidade de substituir o apresentador do espetáculo que adoeceu.
Ao inverter frases, trocar palavras e abusar do improviso, Cantinflas, conquistou o público hispânico.
As suas origens inspiraram várias personagens, entre eles o famoso "El Peladito".
A sua maneira de falar acabou por prejudicar a sua carreira internacional.
Dos mais de 40 filmes que fez, a maior parte foi produzida pela sua própria companhia.
Em Hollywood ele teve apenas dois filmes:
A Volta ao Mundo em 80 Dias, um sucesso de bilheteria e vencedor do Óscar de Melhor Filme em 1956, e Pepe, um fracasso de público e crítica.
A sua carreira durou até a década de 80.
A crítica, porém, destaca que os melhores filmes do comediante foram feitos nos anos 40 e 50.
Entre os seus trabalhos mais elogiados deste período estão, Os Três Mosqueteiros (1942), O Circo (1943), El Supersabio, O Mágico (1948), O Bombeiro Atómico (1950) e Se Eu Fosse Deputado (1951).
Todos escritos para ele pelo seu amigo Jaime Salvador.
Recebeu o Golden Globe Award para Melhor Ator (comédia ou musical) em cinema por A Volta ao Mundo em 80 Dias em 1957.
Cantiflas
Por se tornar interessante e histórico, transcreve-se neste Fórum, no idioma português, um discurso proferido por Cantiflas, numa sala repleta de vários diplomatas internacionais, com destaque para os E.U.A. e a antiga União Soviética.
Estávamos no final do ano 1960.
Cantiflas no uso da palavra
Calhou-me ser o último orador,coisa que me dá muito gosto porque,como se diz,assim os apanho cansados.
No entanto,sei que apesar da insignificância do meu país que não tem poderio militar,nem político,nem económico nem muito menos atómico,todos os senhores esperam com interesse as minhas palavras já que do meu voto depende o triunfo dos E.U.A. ou da Rússia.
Senhores representantes:
Estamos passando um momento crucial em que a humanidade se enfrenta à humanidade.
Estamos vivendo um momento histórico em que o homem de forma científica e inteletualmente é um gigante, mas moralmente é um insignificante.
A opinião mundial está demasiado dividida em dois blocos aparentemente irreconciliáveis, dando-se um caso singular, de que só um voto…
O voto de um país débil e pequeno pode fazer a balança pender para um lado ou para o outro.
Estamos, como quem diz, ante uma grande báscula:
Com um prato ocupado pelos E.U.A. e com outro prato ocupado pela Rússia.
E agora chego eu,que sou um peso pluma como quem diz, e segundo onde me coloque, desse lado penderá a balança.
Façam-me o favor!...
Não crêem os senhores que é muita responsabilidade para um só cidadão? Porque para mais não considero justo que a metade da humanidade, seja ela qual for, fique condenada a viver baixo um regime político e económico que não é do seu agrado, somente porque um frívolo embaixador tenha votado, ou o tenham feito votar, num sentido ou no outro.
Por isso eu, o que vos fala, seu amigo…eu…não votarei por ninguém. (palavras de protesto).
E eu não votarei por ninguém devido a três razões:
Primeira, porque, repito… que não seria justo um voto de um representante, que à melhor está doente do fígado, decidira os destinos de cem nações;
Segunda, porque estou convencido que os procedimentos, repito, insisto, os procedimentos da Rússia (países comunistas)são desastrosos. (vozes de protesto da parte da Rússia);
E Terceira!...porque estou convencido de que os procedimentos dos E.U.A. (Os Estados Unidos) tão pouco são os mais bondosos por assim dizer.(Agora protestam os E.U.A.)
E se não se calarem de imediato eu não continuo e irão ficar com a tentação de saber o que eu tinha para vos dizer.
Insisto que falo de procedimentos e não de idéias nem de doutrinas.
Para mim todas as idéias são respeitáveis ainda que sejam ideiazinhas ou idiotas e ainda não esteja de acordo com elas.
O que pense esse senhor, ou esse senhor, ou esse senhor (aponta com o dedo) ou esse detrás de bigodinho que não pensa nada porque se deixou dormir, isso não impede que todos nós não sejamos muito bons amigos.
Todos cremos que a nossa maneira de ser, a nossa maneira de viver, a nossa maneira de pensar e até o nosso modo de andar são os melhores; e o fardo tratamos de impô-lo aos outros e se não estão de acordo dizemos que são isto e aquilo e depois andamos às turras.
Os senhores crêem que isso está bem?.
Tão fácil seria se tão só respeitássemos o modo de viver de cada um.
Há cem anos já o disse uma das figuras mais humildes mas maiores do nosso continente.
“O respeito ao direito alheio é a paz” (Aplausos).
Assim é que eu gosto…não que me aplaudam, mas sim que reconheçam a sinceridade das minhas palavras.
Eu estou de acordo com tudo o que disse o senhor representante de Salchichonia (alusão à Alemanha) com humildade, com humildade de pedreiros não registados no grémio devemos lutar para derrubar o muro que nos separa, o muro da incompreensão, o muro da mútua desconfiança, o muro do ódio.
O dia que o conseguirmos podemos dizer que voamos o muro. (Risos)
Mas não o muro das idéias, esse não!. Nunca.
O dia em que pensarmos igual e actuarmos igual deixaremos de ser homens para nos convertermos em máquinas, em autômatos.
Este é o grave erro da Rússia, o quer impor pela força as suas idéias e o seu sistema político e económico, falam de liberdades humanas, mas eu lhes pergunto:
Existem essas liberdades em seus próprios países?.
Dizem defender os Direitos do Povo mas os seu próprios trabalhadores não têm nem sequer o direito elementar da greve. Falam da cultura universal ao alcance de todos mas prendem os seus escritores porque se atrevem a dizer a verdade, falam da livre determinação dos povos e, no entanto, há anos que oprimem uma série de nações sem permitir-lhes que escolham a sua forma democrática de governo.
Como podemos votar num sistema que fala de dignidade e ato seguido atropela o mais sagrado da dignidade humana que é a liberdade e consciência pretendendo eliminar Deus por decreto?.
Não, senhores representantes, eu não posso estar com a Rússia, ou melhor dizendo com a sua maneira de actuar; respeito a sua forma de pensar, de todos eles, mas não posso dar o meu voto para que o seu sistema se implante pela força em todos os países da terra (vozes de protesto).
O que quiser ser Russo que o seja mas não obrigue os outros a sê-lo.
(Os Russos levantam-se para sair da Assembleia).
Um momento jovens!,homem! Porquê se sentem tanto?
Mas não aguentam nada, não, se ainda não terminei!.
Sentem-se nos seus lugares.
Já sei que é costume os senhores abandonarem estas reuniões quando ouvem o que não é do vosso agrado; mas não terminei, sentem-se, não sejam precipitados…Ainda tenho que dizer algo dos E.U.A.,não gostariam de ouvir?.
Sentem-se
(O orador tenta beber água mas deu-se conta que era Vodka).
E agora, meus queridos colegas Americanos, os senhores que pensam?:
“Já votou em nós”,não?
Pois não, jovens, eu não votarei pelos senhores porque os senhores também têm muita culpa do que se passa no mundo, os senhores também são meio soberbos, como se o mundo fosse vosso e os outros tenham uma importância muito relativa, e ainda falam em paz, e democracia e de coisas muito bonitas, às vezes também pretendem impor a sua vontade pela força, pela força do dinheiro.
Eu estou de acordo com os senhores que devemos lutar pelo bem colectivo e individual, em combater a miséria e resolver os tremendos problemas da casa, do vestuário e da comida.
Mas com o que não estou de acordo com os senhores é a forma como os senhores pretendem resolver esses problemas, os senhores fracassaram ante o materialismo, esqueceram-se dos mais belos valores espirituais pensando só no negócio, pouco a pouco, se foram convertendo nos credores da humanidade e por isso a humanidade os vê com desconfiança.
No dia da inauguração da Assembleia, o senhor embaixador de Lodaronia disse que o remédio para todos os nossos males estava em ter automóveis, frigoríficos, aparelhos de televisão:
E eu me pergunto:
Para que queremos automóveis se todavia andamos descalços?.
Para que queremos frigoríficos se não temos alimentos para lhe meter dentro?
Para que queremos tanques e armamento se não temos suficientes escolas para os nossos filhos? (Aplausos).
Devemos lutar para que o homem pense na paz, mas não somente impulsado pelo seu instinto de conversação, senão fundamentalmente pelo dever que tem de superar-se e fazer do mundo uma morada de paz e tranquilidade cada vez mais digna da espécie humana e dos seus altos destinos.
Mas esta aspiração não será possível se não houver abundância para todos,bem-estar comum,felicidade colectiva e justiça social.
É verdade que está nas mãos dos senhores,dos países poderosos da terra, E.U.A. e Rússia!
Em ajudar-nos a nós débeis,mas não com dávidas nem com empréstimos,nem com alianças militares.
Ajudem-nos pagando um preço mais justo,mais equitativo por nossas matérias primas,ajudem-nos compartindo connosco as suas notáveis investigações na ciência,na técnica…mas não para fabricar bombas senão para acabar com a fome e com a miséria (Aplausos).
Ajudem-nos respeitando os nossos costumes,as nossas crenças,a nossa dignidade como seres humanos e nossa personalidade como nações por pequenos e débeis que sejamos;pratiquem a tolerância e a verdadeira faternidade que nós saberemos corresponder-lhes,mas deixem já de tratar-nos como simples peões de xadrez no tabuleiro da política internacional.
Reconheçam-nos como o que somos,não somente como clientes e como ratos de laboratório, senão como seres humanos que sentimos,que sofremos,e choramos.
Senhores representantes,há outra razão mais porque eu não posso dar o meu voto: Faz exactamente vinte e quatro horas que apresentei a minha renúncia como embaixador do meu país,espero que seja aceite.
Consequentemente, não lhes hei falado como Excelência senão como um simples cidadão, como um homem livre, como um homem vulgar mas que, no entanto, crê interpretar o máximo desejo de todos os homens da terra:
O desejo de viver em paz, o desejo de um mundo melhor em que reine a boa vontade e a concórdia.
E que fácil seria, senhores, lograr esse mundo melhor em que todos os homens brancos e negros, amarelos e mestiços, ricos e pobres, pudéssemos viver como irmãos.
Se não fossemos tão cegos, tão obcecados, tão orgulhosos.
Se tão só orientássemos as nossas vidas por las sublimes palavras,que há dois mil anos, disse aquele carpinteiro da Galileia,simples, descalço,sem frac nem condecorações:
“Amaivos…Amaivos uns aos outros”
Mas desgraçadamente os senhores entenderam mal,confundiram os termos...E o que é que fizeram? O que é que fazem?...”Armai-vos uns contra os outros”….
Tenho dito…
Foi um premiado ator e humorista mexicano.
Nasceu de uma família muito humilde e tinha 12 irmãos.
Teve uma adolescência marcada pela pobreza o que o levou a começar a trabalhar muito cedo, primeiro como engraxador e depois como aprendiz de toureiro, motorista de táxi e pugilista.
A sua vida mudou quando aos vinte anos, trabalhando como empregado num teatro popular, teve a oportunidade de substituir o apresentador do espetáculo que adoeceu.
Ao inverter frases, trocar palavras e abusar do improviso, Cantinflas, conquistou o público hispânico.
As suas origens inspiraram várias personagens, entre eles o famoso "El Peladito".
A sua maneira de falar acabou por prejudicar a sua carreira internacional.
Dos mais de 40 filmes que fez, a maior parte foi produzida pela sua própria companhia.
Em Hollywood ele teve apenas dois filmes:
A Volta ao Mundo em 80 Dias, um sucesso de bilheteria e vencedor do Óscar de Melhor Filme em 1956, e Pepe, um fracasso de público e crítica.
A sua carreira durou até a década de 80.
A crítica, porém, destaca que os melhores filmes do comediante foram feitos nos anos 40 e 50.
Entre os seus trabalhos mais elogiados deste período estão, Os Três Mosqueteiros (1942), O Circo (1943), El Supersabio, O Mágico (1948), O Bombeiro Atómico (1950) e Se Eu Fosse Deputado (1951).
Todos escritos para ele pelo seu amigo Jaime Salvador.
Recebeu o Golden Globe Award para Melhor Ator (comédia ou musical) em cinema por A Volta ao Mundo em 80 Dias em 1957.
Cantiflas
Por se tornar interessante e histórico, transcreve-se neste Fórum, no idioma português, um discurso proferido por Cantiflas, numa sala repleta de vários diplomatas internacionais, com destaque para os E.U.A. e a antiga União Soviética.
Estávamos no final do ano 1960.
Cantiflas no uso da palavra
Calhou-me ser o último orador,coisa que me dá muito gosto porque,como se diz,assim os apanho cansados.
No entanto,sei que apesar da insignificância do meu país que não tem poderio militar,nem político,nem económico nem muito menos atómico,todos os senhores esperam com interesse as minhas palavras já que do meu voto depende o triunfo dos E.U.A. ou da Rússia.
Senhores representantes:
Estamos passando um momento crucial em que a humanidade se enfrenta à humanidade.
Estamos vivendo um momento histórico em que o homem de forma científica e inteletualmente é um gigante, mas moralmente é um insignificante.
A opinião mundial está demasiado dividida em dois blocos aparentemente irreconciliáveis, dando-se um caso singular, de que só um voto…
O voto de um país débil e pequeno pode fazer a balança pender para um lado ou para o outro.
Estamos, como quem diz, ante uma grande báscula:
Com um prato ocupado pelos E.U.A. e com outro prato ocupado pela Rússia.
E agora chego eu,que sou um peso pluma como quem diz, e segundo onde me coloque, desse lado penderá a balança.
Façam-me o favor!...
Não crêem os senhores que é muita responsabilidade para um só cidadão? Porque para mais não considero justo que a metade da humanidade, seja ela qual for, fique condenada a viver baixo um regime político e económico que não é do seu agrado, somente porque um frívolo embaixador tenha votado, ou o tenham feito votar, num sentido ou no outro.
Por isso eu, o que vos fala, seu amigo…eu…não votarei por ninguém. (palavras de protesto).
E eu não votarei por ninguém devido a três razões:
Primeira, porque, repito… que não seria justo um voto de um representante, que à melhor está doente do fígado, decidira os destinos de cem nações;
Segunda, porque estou convencido que os procedimentos, repito, insisto, os procedimentos da Rússia (países comunistas)são desastrosos. (vozes de protesto da parte da Rússia);
E Terceira!...porque estou convencido de que os procedimentos dos E.U.A. (Os Estados Unidos) tão pouco são os mais bondosos por assim dizer.(Agora protestam os E.U.A.)
E se não se calarem de imediato eu não continuo e irão ficar com a tentação de saber o que eu tinha para vos dizer.
Insisto que falo de procedimentos e não de idéias nem de doutrinas.
Para mim todas as idéias são respeitáveis ainda que sejam ideiazinhas ou idiotas e ainda não esteja de acordo com elas.
O que pense esse senhor, ou esse senhor, ou esse senhor (aponta com o dedo) ou esse detrás de bigodinho que não pensa nada porque se deixou dormir, isso não impede que todos nós não sejamos muito bons amigos.
Todos cremos que a nossa maneira de ser, a nossa maneira de viver, a nossa maneira de pensar e até o nosso modo de andar são os melhores; e o fardo tratamos de impô-lo aos outros e se não estão de acordo dizemos que são isto e aquilo e depois andamos às turras.
Os senhores crêem que isso está bem?.
Tão fácil seria se tão só respeitássemos o modo de viver de cada um.
Há cem anos já o disse uma das figuras mais humildes mas maiores do nosso continente.
“O respeito ao direito alheio é a paz” (Aplausos).
Assim é que eu gosto…não que me aplaudam, mas sim que reconheçam a sinceridade das minhas palavras.
Eu estou de acordo com tudo o que disse o senhor representante de Salchichonia (alusão à Alemanha) com humildade, com humildade de pedreiros não registados no grémio devemos lutar para derrubar o muro que nos separa, o muro da incompreensão, o muro da mútua desconfiança, o muro do ódio.
O dia que o conseguirmos podemos dizer que voamos o muro. (Risos)
Mas não o muro das idéias, esse não!. Nunca.
O dia em que pensarmos igual e actuarmos igual deixaremos de ser homens para nos convertermos em máquinas, em autômatos.
Este é o grave erro da Rússia, o quer impor pela força as suas idéias e o seu sistema político e económico, falam de liberdades humanas, mas eu lhes pergunto:
Existem essas liberdades em seus próprios países?.
Dizem defender os Direitos do Povo mas os seu próprios trabalhadores não têm nem sequer o direito elementar da greve. Falam da cultura universal ao alcance de todos mas prendem os seus escritores porque se atrevem a dizer a verdade, falam da livre determinação dos povos e, no entanto, há anos que oprimem uma série de nações sem permitir-lhes que escolham a sua forma democrática de governo.
Como podemos votar num sistema que fala de dignidade e ato seguido atropela o mais sagrado da dignidade humana que é a liberdade e consciência pretendendo eliminar Deus por decreto?.
Não, senhores representantes, eu não posso estar com a Rússia, ou melhor dizendo com a sua maneira de actuar; respeito a sua forma de pensar, de todos eles, mas não posso dar o meu voto para que o seu sistema se implante pela força em todos os países da terra (vozes de protesto).
O que quiser ser Russo que o seja mas não obrigue os outros a sê-lo.
(Os Russos levantam-se para sair da Assembleia).
Um momento jovens!,homem! Porquê se sentem tanto?
Mas não aguentam nada, não, se ainda não terminei!.
Sentem-se nos seus lugares.
Já sei que é costume os senhores abandonarem estas reuniões quando ouvem o que não é do vosso agrado; mas não terminei, sentem-se, não sejam precipitados…Ainda tenho que dizer algo dos E.U.A.,não gostariam de ouvir?.
Sentem-se
(O orador tenta beber água mas deu-se conta que era Vodka).
E agora, meus queridos colegas Americanos, os senhores que pensam?:
“Já votou em nós”,não?
Pois não, jovens, eu não votarei pelos senhores porque os senhores também têm muita culpa do que se passa no mundo, os senhores também são meio soberbos, como se o mundo fosse vosso e os outros tenham uma importância muito relativa, e ainda falam em paz, e democracia e de coisas muito bonitas, às vezes também pretendem impor a sua vontade pela força, pela força do dinheiro.
Eu estou de acordo com os senhores que devemos lutar pelo bem colectivo e individual, em combater a miséria e resolver os tremendos problemas da casa, do vestuário e da comida.
Mas com o que não estou de acordo com os senhores é a forma como os senhores pretendem resolver esses problemas, os senhores fracassaram ante o materialismo, esqueceram-se dos mais belos valores espirituais pensando só no negócio, pouco a pouco, se foram convertendo nos credores da humanidade e por isso a humanidade os vê com desconfiança.
No dia da inauguração da Assembleia, o senhor embaixador de Lodaronia disse que o remédio para todos os nossos males estava em ter automóveis, frigoríficos, aparelhos de televisão:
E eu me pergunto:
Para que queremos automóveis se todavia andamos descalços?.
Para que queremos frigoríficos se não temos alimentos para lhe meter dentro?
Para que queremos tanques e armamento se não temos suficientes escolas para os nossos filhos? (Aplausos).
Devemos lutar para que o homem pense na paz, mas não somente impulsado pelo seu instinto de conversação, senão fundamentalmente pelo dever que tem de superar-se e fazer do mundo uma morada de paz e tranquilidade cada vez mais digna da espécie humana e dos seus altos destinos.
Mas esta aspiração não será possível se não houver abundância para todos,bem-estar comum,felicidade colectiva e justiça social.
É verdade que está nas mãos dos senhores,dos países poderosos da terra, E.U.A. e Rússia!
Em ajudar-nos a nós débeis,mas não com dávidas nem com empréstimos,nem com alianças militares.
Ajudem-nos pagando um preço mais justo,mais equitativo por nossas matérias primas,ajudem-nos compartindo connosco as suas notáveis investigações na ciência,na técnica…mas não para fabricar bombas senão para acabar com a fome e com a miséria (Aplausos).
Ajudem-nos respeitando os nossos costumes,as nossas crenças,a nossa dignidade como seres humanos e nossa personalidade como nações por pequenos e débeis que sejamos;pratiquem a tolerância e a verdadeira faternidade que nós saberemos corresponder-lhes,mas deixem já de tratar-nos como simples peões de xadrez no tabuleiro da política internacional.
Reconheçam-nos como o que somos,não somente como clientes e como ratos de laboratório, senão como seres humanos que sentimos,que sofremos,e choramos.
Senhores representantes,há outra razão mais porque eu não posso dar o meu voto: Faz exactamente vinte e quatro horas que apresentei a minha renúncia como embaixador do meu país,espero que seja aceite.
Consequentemente, não lhes hei falado como Excelência senão como um simples cidadão, como um homem livre, como um homem vulgar mas que, no entanto, crê interpretar o máximo desejo de todos os homens da terra:
O desejo de viver em paz, o desejo de um mundo melhor em que reine a boa vontade e a concórdia.
E que fácil seria, senhores, lograr esse mundo melhor em que todos os homens brancos e negros, amarelos e mestiços, ricos e pobres, pudéssemos viver como irmãos.
Se não fossemos tão cegos, tão obcecados, tão orgulhosos.
Se tão só orientássemos as nossas vidas por las sublimes palavras,que há dois mil anos, disse aquele carpinteiro da Galileia,simples, descalço,sem frac nem condecorações:
“Amaivos…Amaivos uns aos outros”
Mas desgraçadamente os senhores entenderam mal,confundiram os termos...E o que é que fizeram? O que é que fazem?...”Armai-vos uns contra os outros”….
Tenho dito…
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